terça-feira, 3 de julho de 2007

Por que esperas a noitinha
quando o corpo repousa na cama
quando a alma vagueia no escuro
quando o coraçao distorce o bater?

Como olhas para o céu e nao te perguntas
o que és tu?
o que é a lua?
como seres feliz?

domingo, 3 de junho de 2007

Muitas vezes me tenho perguntado o que é realmente a Felicidade, qual o meu papel no mundo e que devo eu ser, neste universo onde sou só uma particula minima numa imensidão inimaginável. Fisicamente, sou só a filha de um grande amor, o resultado genético de dois corpos e duas almas que num processo crescente me foram construindo. Os lugares que me resgataram, as pessoas que se cruzaram comigo, as pessoas que realmente ficam comigo, e as almas que são uma infima parte da minha são o resto de mim. Poderei dizer que sou uma simbiose, uma mistura de energias, de cores, de rostos e de cheiros que vão deixando em mim uma marca importante....
Com todos estes pensamentos, chego a conclusao que a felicidade é um estado individual, possível e alcançável com trabalho árduo e também leveza de espirito. Deixármos ao mais superficial de nós, o que realmente somos, sem máscaras ou papeis sociais, nem que seja uns momentos por dia. E reencontrármo-nos com tudo aquilo que de belo nos rodeia, com aquelas pessoas cuja missão é também darem um pouco de si mesmas à nossa felicidade, com as suas palavras, com os seus gestos, ou simplesmente um olhar de afecto que sabemos ler sem demoras ou porquês.
O nascer de um novo dia, com a lua como testemunha de um sol timido mas imponente no horizonte, que inunda com a sua luz tudo o que seja alcançável e um respirar fundo... Tocármos a face dele com as mãos e dizermos olhos nos olhos : Gosto de ti... pelo que és, pelo que me deixas ser contigo e por tudo o que seja inesplicável por palavras...
E as vezes as lágrimas correm plo rosto, e sentimos no peito um aperto tão grande, que desabafa numa gargalhada profunda, num desejo de explicar ao mundo o gosto tão único de sermos quem somos e estarmos vivos.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

delirios

Numa manta de retalhos coloridos, os meus dedos escolheram a cor mais forte, mais viva, mais macia...toquei e fundi-me numa teia fantástica de pequenos fios entrelaçados que compunham o quadradinho que o meu indicador escolheu.
Deixei-me ali estar, vi um planeta novo. Sentei-me numa forma redonda, a ver um rio azul que corria para o lado do vento, com cheiro a frutas frescas. Reparei também que cantava, uma melodia calma e envolvente que me deixou subitamente feliz por ali estar, viva.
Neste momento, eu era do tamanho mais pequeno que ja me tinha sentido, microscópico talvez. Mas estava num mundo a minha medida, onde tudo me parecia diferente. Continuei a andar, encontrei uma parede esponjosa, de um amarelo brilhante, que me acolheu o corpo, como que me moldando a ela. E o corpo entranhou-se naquela massa. Deixou de existir,planava, levitava, somente pensava pois eu já só era um pensamento, uma sensação...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Num palco vazio e escuro…nascem vidas com grandeza…. Nascem homens e mulheres com uma história gravada na pele, com lágrimas no rosto, com gargalhadas de desprezo pelo que é fútil. Num jogo de mímica quase que tridimensional, vemos e sentimos o que lá não está, fazemos de um corpo daqueles, o nosso melhor amigo por momentos, por instantes…
O olhar fixo num horizonte virtual suspenso, as palavras proferidas com sentimento de medo, de temor, de paixão, de desejo, de escárnio, de tristeza, do que mais houver para sentir…
Um jogo de sombras, de escuridão que é cortada pelo brilho de um holofote que absorve cada partícula de pó que está suspensa no ar, envolvendo o actor numa névoa, numa aura de protagonismo imparável que nos faz vibrar e sentir aquela alma fingida e tão real como a sua pele.
Os sons…aceleram a nossa curiosidade com ritmos alucinantes…com quebras estratégicas que nos fazem pulsar e ansiar por movimento no palco que range a cada passo forte… que nos conseguem arrepiar por serem tão magnéticos que nos sugam para uma espiral de sensações…

segunda-feira, 14 de maio de 2007

domingo, 13 de maio de 2007

Um








Um olhar...












sábado, 12 de maio de 2007


Vermelho
O calor dos corpos
O frio do chão
A paixão concretizada
No murmúrio da manhã fria

Na pele húmida
Os dedos deslizam
Como se procurassem o caminho,
O caminho do êxtase

Os corpos respiram
Num fulgor descompassado
O coração sem harmonia
Mistura-se com os gemidos de prazer

Lá fora
O mundo continua
Na sua rotina
Nada pára
Para assistir aos corpos nus