quarta-feira, 27 de maio de 2009

Monólogo Contigo (Para ti)

- Sabes porquê que tenho esta mania de arrumar tudo à minha volta?

Para me organizar mentalmente,
Desempoeirar-me.
Estruturar.

Segura, sentir-me só um pouco mais...

Perdoas-me ter-te afastado na altura, tão certa? Por te destronar a qualquer oportunidade?
Foi o medo.
Tão irracional! 
 mas medo
receio
insegurança
pó.

Querer e ser tudo tão cinzento.(Ainda mais escuro agora)
Ser vermelho, proibido e Paixão. (Mais forte, ainda)
E é Saudade, meu querido.
Aquele aperto tão escrito e descrito, que pode estar gasto e cansado,
mas tão vívido e sentido em mim, agora.
Destabilizador, fustigante e tão frio
Vivo e a gritar,
corroendo o silêncio,
do meu caos.

E a lembrança do teu cheiro, do teu querer desalmado
na maneira como me querias e chamavas,
tão tuas,tão nossas

E novamente a saudade.
lembrança.

- Lembras-te quando te desmentia?
  
Arrumava, meu querido
Tudo aquilo que me davas.
num canto tão meu,
e que só partilhava contigo, silenciosamente e sem marcas.
Para não te mostrar,
na fortaleza que sou,
toda a fragilidade que tenho.

Desarrumaste-me tanto, meu querido, tanto!


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Relincha cavalo doido
Como se cantasses para o mundo
Quebrando a letargia, o cansaço, de quem não te pode ver

Corre pelos céus, com vontade de astro indomável
Com luz de estrela cadente

Deixa o vento moldar-te a silhueta, potro incansável
Para que nada perturbe essa vontade de viver

Sê selvagem e indomável, para sempre.