Para me organizar mentalmente,
Desempoeirar-me.
Estruturar.
Segura, sentir-me só um pouco mais...
Perdoas-me ter-te afastado na altura, tão certa? Por te destronar a qualquer oportunidade?
Foi o medo.
Tão irracional!
mas medo
receio
insegurança
pó.
Querer e ser tudo tão cinzento.(Ainda mais escuro agora)
Ser vermelho, proibido e Paixão. (Mais forte, ainda)
E é Saudade, meu querido.
Aquele aperto tão escrito e descrito, que pode estar gasto e cansado,
mas tão vívido e sentido em mim, agora.
Destabilizador, fustigante e tão frio
Vivo e a gritar,
corroendo o silêncio,
do meu caos.
E a lembrança do teu cheiro, do teu querer desalmado
na maneira como me querias e chamavas,
tão tuas,tão nossas
E novamente a saudade.
lembrança.
- Lembras-te quando te desmentia?
Arrumava, meu querido
Tudo aquilo que me davas.
num canto tão meu,
e que só partilhava contigo, silenciosamente e sem marcas.
Para não te mostrar,
na fortaleza que sou,
toda a fragilidade que tenho.
Desarrumaste-me tanto, meu querido, tanto!