domingo, 3 de junho de 2007

Muitas vezes me tenho perguntado o que é realmente a Felicidade, qual o meu papel no mundo e que devo eu ser, neste universo onde sou só uma particula minima numa imensidão inimaginável. Fisicamente, sou só a filha de um grande amor, o resultado genético de dois corpos e duas almas que num processo crescente me foram construindo. Os lugares que me resgataram, as pessoas que se cruzaram comigo, as pessoas que realmente ficam comigo, e as almas que são uma infima parte da minha são o resto de mim. Poderei dizer que sou uma simbiose, uma mistura de energias, de cores, de rostos e de cheiros que vão deixando em mim uma marca importante....
Com todos estes pensamentos, chego a conclusao que a felicidade é um estado individual, possível e alcançável com trabalho árduo e também leveza de espirito. Deixármos ao mais superficial de nós, o que realmente somos, sem máscaras ou papeis sociais, nem que seja uns momentos por dia. E reencontrármo-nos com tudo aquilo que de belo nos rodeia, com aquelas pessoas cuja missão é também darem um pouco de si mesmas à nossa felicidade, com as suas palavras, com os seus gestos, ou simplesmente um olhar de afecto que sabemos ler sem demoras ou porquês.
O nascer de um novo dia, com a lua como testemunha de um sol timido mas imponente no horizonte, que inunda com a sua luz tudo o que seja alcançável e um respirar fundo... Tocármos a face dele com as mãos e dizermos olhos nos olhos : Gosto de ti... pelo que és, pelo que me deixas ser contigo e por tudo o que seja inesplicável por palavras...
E as vezes as lágrimas correm plo rosto, e sentimos no peito um aperto tão grande, que desabafa numa gargalhada profunda, num desejo de explicar ao mundo o gosto tão único de sermos quem somos e estarmos vivos.