sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Frio

Num passo calmo
percorremos a cidade, com olhares demorados sobre todas as luzes, todos os rostos, todos os passos apressados que conseguimos ouvir.
O frio deixa um manto branco que reluz, que congela as mãos, os pés, os sentidos.
Damos as mãos.

Perguntas-me em que penso
Respondo que no frio

Mas minto

Penso em ti.
No calor que o teu abraço me dá
e que me aqueçe cada centimetro da alma, em silêncio, cada centimentro do corpo, com violência.

Penso em Mim.
Como tremo, como me fazes tremer, como me dás ânsias de te encontrar nesta noite fria
nesta noite que percorremos na cidade, reluzente de Natal.

Calor,
quando me invades os sentidos, a alma, as pernas, e os braços
e os olhos,
as mãos e a lingua
que num beijo mais que perfeito
entregas nos meus lábios, na boca.

Numa paixão sem lugar, sem direcção
Sem frio, no frio.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu cá acho que este texto teve influencia da Sunset...>=P

Anónimo disse...

Yes=) a pornografia literária voltou a net:P ahah beijos**

Anónimo disse...

bonito ;)gostei...